12 de jan. de 2012

Poligamia

                Fico frustrado com um assunto  da poligamia - não que me envergonhe ou tenha alguns receio sobre a História da Igreja - mas sim porque a mídia insiste em erroneamente expor uma falsidade - a de que os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias são atualmente polígamos. Nós, membros da Igreja, não somos polígamos!
                Reuni facilmente trechos que explicam a história, propósito e doutrina do casamento plural. Não vou perder tempo escrevendo sobre o assunto, pois muito já foi escrito e explicado. Para quem quiser saber mais do que postei basta procurar nos livros da Igreja - há dezenas de obras (oficiais, inclusive) que explicam isso muito bem.
               O motivo pelo qual não vou adentrar no assunto é explicado pelo Élder Ballard dos Doze:

                "Os membros da Igreja não raro deixam os outros darem o tom da conversa. Um exemplo disso é o casamento plural. Essa prática foi interrompida oficialmente pela Igreja em 1890. Estamos em 2010. Por que ainda se fala nisso? Foi uma prática no passado. Terminou. Hoje a realidade é outra. Se as pessoas fizerem perguntas sobre a poligamia, apenas reconheçam que outrora foi praticada, mas não é mais e que as pessoas não devem confundir nenhum grupo polígamo com nossa Igreja. Em conversas no cotidiano, não percam tempo tentando justificar a prática da poligamia na época do Velho Testamento ou conjecturando por que foi praticada durante algum tempo no século XIX. Esses talvez sejam temas legítimos para historiadores e pesquisadores, mas acho que simplesmente reforçamos estereótipos quando fazemos disso um assunto central de conversas sobre a Igreja. (...)
                Ao final, a coisa mais importante a respeito de nós e de nosso testemunho é que baseamos nossas crenças no que Jesus Cristo ensinou e que tentamos segui-Lo vivendo
nossa vida de modo aceitável a Ele e nosso Pai Celestial." ("Partilhar o Evangelho com Confiança", A Liahona, Julho de 2010, pg. 34).

                Ainda retirei algum material do currículo aprovado pela Igreja e o expus abaixo - tão somente para facilitar a consulta dos que desejam uma fonte segura sobre o assunto.
               Assim, antes de alguém tomar conclusões sobre a poligamia e a Igreja que possa dar uma boa estudada nos textos que postei. Isso, eu creio, e mais a oração sincera, fornecerá veracidade e pureza as conclusões sobre o tema.
              Eis as citações (há muitas, mas são todas muito boas para se compreender sobre a poligamia; tentei organizá-las numa ordem lógica, mas não alterei seu conteúdo - apenas as recortei e colei.):

                “Sempre tenho dito que homem algum terá mais de uma esposa ao mesmo tempo, a menos que o Senhor ordene o contrário.” (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, compilado por Joseph Fielding Smith p. 316; ver também o comentário relativo a Jacó 2:23–30 contido em Livro de Mórmon Manual do Aluno: Cursos de Religião 121 e 122, p. 46.)

                “Desejo declarar categoricamente que esta Igreja nada tem a ver com os que estão praticando a poligamia. Eles não são membros da Igreja; em sua maior parte, nunca foram. Eles estão violando a lei civil. Eles sabem que estão violando a lei e estão sujeitos às respectivas penalidades. (…)
                Se algum de nossos membros for descoberto praticando o casamento plural, será excomungado, a penalidade mais séria que a Igreja pode impor. Quem estiver envolvido nessa prática estará violando frontalmente não só a lei civil, mas também a lei desta Igreja. Uma das Regras de Fé deixa isso bem claro quando diz: “Cremos na submissão a reis, presidentes, governantes e magistrados; na obediência, honra e manutenção da lei”. (Regras de Fé 1:12) (…)
                Há mais de um século, Deus revelou claramente a Seu profeta, Wilford Woodruff, que a prática do casamento plural deveria ser abolida, o que significa que agora ela é contrária à lei de Deus. Mesmo em países em que a lei civil ou religiosa permita a poligamia, a Igreja ensina que o casamento deve ser monogâmico e não aceita como membros os que praticam o casamento plural.” (A Liahona, janeiro de 1999, p. 84)

                "As doutrinas e princípios relacionados ao casamento plural foram revelados a Joseph Smith já em 1831. O Profeta ensinou a doutrina do casamento plural e alguns casamentos dessa natureza foram realizados quando ele ainda estava vivo. Ao longo das décadas subseqüentes, sob a direção dos presidentes da Igreja que sucederam Joseph Smith, um número significativo de membros da Igreja praticou o casamento plural. Em 1890, o Presidente Wilford Woodruff publicou o Manifesto, que pôs fim à pratica do casamento plural na Igreja (ver Declaração Oficial 1). A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias não pratica mais o casamento plural." (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, pg. xi-xii)

                "Em 1831, enquanto Joseph Smith trabalhava na tradução inspirada das santas escrituras, ele perguntou ao Senhor como Ele justificava o princípio de casamento plural praticado pelos patriarcas do Velho Testamento. Essa pergunta resultou na revelação a respeito do casamento celestial, que incluía sua resposta a essa pergunta a respeito do casamento plural praticado pelos patriarcas.
                Em primeiro lugar, o Senhor explicou que para qualquer convênio, incluindo o casamento, ser válido na eternidade, ele precisa atender três requisitos (ver D&C 132:7): (1) Ele precisa ser “[feito] e [selado] pelo Santo Espírito da promessa”. (2) Precisa ser realizado por alguém que possua a devida autoridade do sacerdócio. (3) Deve ser feito “por revelação e mandamento” por intermédio do profeta ungido pelo Senhor. (Ver também vv.18–19.) Usando o exemplo de Abraão, o Senhor disse que ele “recebeu todas as coisas, tudo que recebeu, por revelação e mandamento, pela [Sua] palavra”. (V. 29) Conseqüentemente, o Senhor pergunta: “Estava Abraão, portanto, sob condenação? Na verdade te digo, não; pois Eu, o Senhor, o
mandei”. (V. 35) Além disso, Joseph Smith e a Igreja deveriam aceitar o princípio do casamento
plural como parte da restauração de todas as coisas. (V. 45)
                Acostumados aos padrões convencionais do casamento, o Profeta mostrou-se compreensivelmente relutante a princípio em adotar essa nova prática. Devido à falta de documentação histórica, não temos conhecimento das primeiras tentativas que ele fez em Ohio para cumprir esse mandamento. Seu primeiro registro de casamento plural em Nauvoo foi com Louisa Beaman, realizado pelo Bispo Joseph B. Noble, em 5 de abril de 1841.
                Durante os três anos seguintes, Joseph casou-se com outras [esposas] de acordo com o mandamento do Senhor. Quando os membros do Conselho dos Doze Apóstolos retornaram de sua missão nas ilhas britânicas, em 1841, Joseph Smith ensinou-lhes um por um a doutrina da pluralidade de esposas, e cada um deles teve alguma dificuldade em aceitar e compreender essa doutrina. Brigham Young, por exemplo, conta-nos sua luta íntima: “Nunca tive o desejo de fugir do dever nem de deixar de cumprir o menor dos mandamentos que me fosse dado, mas pela primeira vez na vida senti vontade de morrer, sendo algo que não consegui superar por muito tempo. Quando assisti a um funeral, senti inveja do defunto, lamentando não ser eu que estava no caixão”.
                Depois de sua frustração e hesitação inicial, Brigham Young e outros membros dos Doze receberam uma confirmação pessoal do Santo Espírito e aceitaram a nova doutrina do casamento plural. Eles sabiam que Joseph Smith era um profeta de Deus em todas as coisas. A princípio essa prática foi realizada em segredo e de modo muito limitado. Começaram a circular rumores a respeito do fato de as autoridades da Igreja terem mais de uma esposa, distorcendo muito a verdade e contribuindo para aumentar a perseguição por parte dos apóstatas e dos que não eram membros. Parte dos problemas, naturalmente, era a aversão natural que os americanos tinham contra a “poligamia”. Esse novo sistema parecia ameaçar a fortemente arraigada tradição da monogamia e a solidez da organização familiar. Mais tarde, em Utah, os santos praticaram abertamente “o princípio”, mas nunca sem enfrentar perseguições." (História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pg. 255-256)

                "Enquanto trabalhava na tradução da Bíblia, no início da década de 1830, o Profeta Joseph Smith sentiu-se confuso com o fato de que Abraão, Davi e outros líderes do Velho Testamento tivessem tido mais de uma esposa. O Profeta orou pedindo entendimento e soube que, em certas épocas, com propósitos específicos, seguindo leis divinas, o casamento plural era aprovado e estabelecido por Deus. Joseph Smith soube também que, com aprovação divina, alguns santos dos últimos dias logo seriam escolhidos, por meio da autoridade do sacerdócio, para casarem-se com mais de uma mulher. Vários santos dos últimos dias praticaram o casamento plural em Nauvoo, mas o anúncio público dessa doutrina só foi feito em agosto de 1852, numa conferência geral em Salt Lake City. Nessa ocasião, o Élder Orson Pratt, conforme orientação do Presidente Brigham Young, anunciou que a prática do casamento plural, ou seja, de um homem ter mais do que uma esposa, fazia parte da restauração de tudo feita pelo Senhor. (Ver Atos 3:19-21.)         
                Muitos líderes religiosos e políticos da América ficaram indignados quando souberam que os santos dos últimos dias residentes em Utah estavam encorajando um sistema matrimonial que eles consideravam imoral e anticristão. Empreendeu-se uma grande cruzada política contra a Igreja e seus membros, e o Congresso dos Estados Unidos aprovou leis que  restringiam a liberdade dos santos dos últimos dias e prejudicavam a Igreja economicamente. Essas leis causaram por fim a prisão dos homens que tinham mais de uma esposa, negando-lhes o direito de voto, o direito à privacidade em seu lar e outras liberdades civis. Centenas de homens e algumas mulheres fiéis da Igreja cumpriram pena na prisão nos Estados de Utah, Idaho, Arizona, Nebraska, Michigan e Dakota do Sul." (Nosso Legado, pg. 97)

                "Grande parte da perseguição sofrida pelos santos dos últimos dias foi resultante da prática do casamento plural, que havia sido instituído sob a direção do Profeta Joseph Smith. A lei do casamento plural foi revelada ao Profeta já em 1831, mas ele apenas mencionou-a a alguns amigos de maior confiança. Tendo recebido de Deus o estrito mandamento de obedecer à lei, o Profeta começou em 1841 a instruir os líderes do sacerdócio da Igreja a respeito do casamento plural e sua responsabilidade de cumprir essa lei.
                O Profeta Joseph Smith ditou a revelação a William Clayton, em 1843, quando foi escrita pela primeira vez. Nove anos se passaram, porém, antes que a revelação fosse lida em uma conferência geral e publicada. Em 28–29 de agosto de 1852, uma conferência especial foi realizada no Velho Tabernáculo, na Praça do Templo, em Salt Lake City. No primeiro dia da conferência, mais de cem missionários foram chamados para servir nos Estados Unidos, Austrália, Índia, China e nas ilhas do mar. Devido à realização da conferência no mês de agosto, os missionários puderam começar a viagem através das planícies antes do início do inverno.
                No segundo dia da conferência, sob a direção do Presidente Brigham Young, Orson Pratt declarou publicamente que a Igreja iria iniciar a prática do casamento plural, por mandamento de Deus. Falando aos Estados Unidos, ele declarou: “A constituição concede a todos os habitantes deste país o privilégio de exercer livremente suas crenças religiosas, a liberdade de fé e o direito de colocá-la em prática. Portanto, se puder ser provado que os santos dos últimos dias realmente aceitaram, como parte de sua religião, a doutrina da pluralidade de esposas, ela é constitucional. E se vier a haver uma lei promulgada por este governo que os impeça de exercer livremente essa parte de sua religião, essa lei deve ser considerada inconstitucional”.
                O Irmão Pratt então proferiu um longo discurso sobre o ponto de vista das escrituras referente ao casamento plural. Ele explicou que o casamento havia sido ordenado por Deus  omo um meio de os espíritos ganharem um corpo mortal, e que pelo casamento plural os portadores dignos do sacerdócio poderiam levantar uma grande posteridade ao Senhor. Brigham Young fez um resumo histórico referente à revelação do casamento celestial. Thomas Bullock, o secretário do escritório do historiador, leu a revelação para a congregação para que fosse apoiada.
                Esperando o clamor do público e grande publicidade negativa da imprensa, as autoridades da Igreja prontamente enviaram quatro de seus mais fiéis e capazes líderes para os principais centros urbanos a fim de inaugurar jornais que explicassem e justificassem o “casamento celestial” e outros princípios do evangelho restaurado. Orson Pratt publicou o Seer na capital do país; John Taylor, o The Mormon, na Cidade de Nova York; Erastus Snow, o Saint Louis Luminary; e George Q. Cannon, o Western Standard, em San Francisco.10 Em cada um desses jornais, foram expostos os motivos justos que levaram os santos a adotar a prática do casamento plural, que contrastava drasticamente do ponto de vista expresso pelos jornais da nação, revistas e romances baratos. Em pouco tempo, porém, apesar dos artigos publicados pelos melhores escritores da Igreja e os discursos proferidos pelos oradores mais capazes, foram formados grupos que começaram a pressionar o governo a promulgar leis que erradicassem completamente esse sistema de casamento.
                Apesar de todas as tentativas dos santos dos últimos dias em convencer seus concidadãos de que a prática do casamento plural era um direito moral e religioso seu, a nação se uniu contra a Igreja. Os missionários da Inglaterra e do continente europeu foram freqüentemente atacados por multidões revoltadas, e alguns dos élderes que trabalhavam na América foram mortos. Muitas pessoas acreditavam que a poligamia era algo imoral, primitivo e deplorável. Surgiram muitas publicações contrárias à poligamia, que alegavam expor a verdadeira história da degradação sofrida pelas mulheres sob a prática da poligamia, escritas na maior parte por pessoas que nunca visitaram Utah ou que eram apenas observadores superficiais.
                Em 1862, o Presidente Lincoln assinou um projeto de lei anti-poligamia conhecido como a lei Morril, mas devido à Guerra Civil ela não chegou a ser posta em prática. Essa lei atingia “tanto a poligamia quanto o poder da Igreja, proibindo o casamento plural nos territórios, tirando o direito da Igreja de ser uma corporação (...) e restringindo suas propriedades a cinqüenta mil dólares”. Os santos, acreditando que a lei era inconstitucional e os privava do direito à liberdade de exercer sua religião concedido pela Primeira Emenda, decidiram ignorar essa lei até que fosse constitucionalmente definida. Nos anos seguintes, várias leis que visavam o fortalecimento da lei anti-bigamia não conseguiram ser aprovadas pelo congresso dos Estados Unidos. Isso incluía as leis Wade, Cragin e Cullom, que tiveram origem noterritório de Utah e foram formuladas por homens que se opunham violentamente à Igreja. A lei Wade formulada em 1866 teria destruído o governo local se tivesse sido aprovada. Três anos mais tarde, a lei Cragin foi proposta, mas dentro de poucos dias foi substituída pela lei Cullom, que era ainda mais severa do que as leis Wade ou Cragin. Os membros da Igreja uniram-se no esforço de evitar que a lei fosse aprovada. As mulheres da Igreja realizaram grandes reuniões em todo o território em janeiro de 1870 para oporem-se à lei.
                “Embora se opusessem a todos os aspectos da legislação ‘anti-mórmon’, sua reação foi principalmente em protesto contra as atitudes e os comentários dos supostos reformadores, segundo os quais as mulheres da Igreja eram ‘menosprezadas’ e ‘degradadas’ por seus maridos opressores”. A oposição das mulheres SUD foi uma grande surpresa para os políticos e as feministas sufragistas que as consideravam o símbolo do sofrimento e do cativeiro. Os jornais do leste também se opuseram à lei devido a seus aspectos militares, pois o presidente dos Estados Unidos passaria a ter poder de enviar um exército a Utah para garantir que a lei fosse cumprida.
                O New York World declarou: “A execução dessa lei certamente seria seguida pela guerra”.13 A lei Cullom acabou sendo derrotada. Em junho de 1874, porém, a lei Poland foi aprovada. Essa lei desmantelava o sistema judicial de Utah, dando aos tribunais distritais dos Estados Unidos (controlados por não-mórmons nomeados pelo governo federal) jurisdição exclusiva sobre os assuntos civis e criminais. As pessoas passaram a poder ser levadas a julgamento por quebrarem a lei Morrill. Segundo a lei Poland, as listas de jurados deviam ser elaboradas pelo secretário do tribunal distrital (um que não era mórmon) e o juiz Testamentário (um mórmon) para que houvesse igual representatividade de membros e não membros da Igreja no juri. O procurador da justiça imediatamente tentou levar as autoridades da Igreja a julgamento, mas encontrou empecilhos.
                Muitos dos líderes da Igreja haviam-se casado antes da aprovação da lei, em 1862, e não podiam ser julgados ex post facto. Além disso, as esposas não podiam ser chamadas para testemunhar contra o marido, e os registros dos casamentos plurais guardados sigilosamente na Casa de Investiduras não eram públicos.
                Os líderes da Igreja ficaram ansiosos para que houvesse um “caso teste” levado perante a Suprema Corte a fim de determinar se a lei anti-bigamia seria considerada constitucional. Por isso, quando o promotor dos Estados Unidos, William Carey, prometeu interromper suas tentativas de indiciar as Autoridades Gerais durante o caso teste, a Primeira Presidência escolheu George Reynolds, um secretário de trinta e dois anos do escritório do Presidente, que havia recentemente se casado com uma segunda esposa, para apresentar-se perante os tribunais em nome da Igreja. Reynolds forneceu ao promotor várias testemunhas que podiam testificar que ele era casado com duas esposas. Quando Carey quebrou sua promessa e prendeu o Presidente George Q. Cannon, os líderes da Igreja decidiram que não mais iriam cooperar com ele.
                Em 1875, Reynolds foi finalmente condenado e sentenciado a dois anos de trabalho forçado na prisão e a pagar uma multa de quinhentos dólares (que mais tarde foi mudada pela Suprema Corte dos Estados Unidos para prisão simples). Em 1876, a Suprema Corte Territorial de Utah apoiou a sentença. Em 1878, seu apelo chegou à Suprema Corte dos Estados Unidos.
                Em janeiro de 1879 a Suprema Corte dos Estados Unidos considerou a lei anti-poligamia constitucional e apoiou a sentença de Reynolds. George Reynolds foi libertado da prisão em janeiro de 1881, tendo cumprido dezoito meses de sua sentença original. Durante o tempo em que esteve preso, ele ensinou leitura, escrita, aritmética, gramática e geografia a outros prisioneiros. O irmão Reynolds também trabalhou em um livro que foi concluído e publicado mais tarde. O livro chamava-se Concordância Completa do Livro de Mórmon. Na época de sua libertação ele havia terminado vinte e cinco mil verbetes de sua concordância.
Em 1882, o congresso aprovou a lei Edmunds, que definia “coabitação ilegal” como prover sustento e cuidado para mais de uma mulher. Não era mais necessário provar-se o segundo casamento. A lei também tirava os direitos civis dos polígamos e declarava-os inelegíveis para cargos públicos.
                Não apenas aqueles que praticavam mas também os que acreditavam no casamento plural eram considerados desqualificados para fazer parte de um juri. Todos os funcionários públicos de registros e eleições do território de Utah foram despedidos, e uma junta de cinco representantes nomeados pelo presidente dos Estados Unidos passaram a administrar as eleições.
                Pouco depois da aprovação da lei Edmunds, foi realizada a conferência geral de abril de 1882. Quando os santos reuniram-se no segundo dia de conferência, o vento frio trouxe consigo neve e granizo. Referindo-se tanto ao tempo quanto à lei que acabara de ser aprovada, o Presidente Taylor mencionou o forte preconceito da nação contra os santos e “alertou-os de que uma tempestade se aproximava, a qual logo se abateria sobre eles. ‘Vamos lidar com isso’, disse ele, de modo bem humorado, ‘da mesma forma que fizemos esta manhã ao atravessarmos a tempestade de neve: Vamos erguer a gola do casaco (erguendo a gola de seu casaco) e esperar a tempestade amainar. Depois da tormenta vem o sol radiante. Enquanto durar a tempestade, é inútil tentar argumentar com o resto do mundo; quando ela amainar, poderemos falar com as pessoas’”. No dia seguinte, ele disse que os santos iriam “lutar em defesa de cada milímetro” de sua liberdade e direitos como cidadãos americanos.
Muitos homens SUD, e até mesmo algumas mulheres, tiveram que viver na “clandestinidade” para não serem presos. Assim teve início um dos períodos mais difíceis da história dos santos dos últimos dias. Para evitar a prisão, foram criados códigos para avisar os pais polígamos da aproximação de autoridades federais. O presidente da estaca de St. George, J. D. T. McAllister, tinha o codinome Dan; Henry F. Eyring era Look. As comunidades também tinham codinomes: St. George era White; Beaver era Black; e Toquerville era Cloudy. Os delegados do governo dos Estados Unidos eram chamados de Ring, e o juiz Boreman era Herod. Os avisos podiam ser enviados por telégrafo e não teriam qualquer significado caso fossem interceptados por autoridades federais.
                Muitas vezes as autoridades ficavam obcecadas em sua perseguição aos santos dos últimos dias. O delegado do governo dos Estados Unidos Fred T. Dubois, numa tentativa de usar o anti-mormonismo para seus próprios intentos políticos em Idaho, chegou a entrar em buracos escondidos sob as casas, recrutou grupos de busca para vasculhar comunidades mórmons, entrou sorrateiramente nas cidades SUD e invadiu casas no meio da noite para tentar prender polígamos. Para não ser preso, o bispo da ala Oxford, Idaho, saiu da cidade “à noite, escondido em um caixote de carne de porco endereçado a Ogden”. Ele permaneceu vinte e quatro horas dentro do caixote até ser libertado por um certo irmão Nesbitt. Depois, durante a noite, ele viajou até a casa de seu cunhado em Ogden, Utah, onde estaria em segurança.
                James Morgan escondeu-se nas montanhas com sua quinta esposa, Anna, e sobreviveu cortando toras, que eram transportadas por seus filhos até a cidade.
                Hyrum Poole “era um rapaz que morava em Menan, Idaho. No inverno de 1883, enquanto ele e seu irmão William ceavam (...) ouviram uma forte batida na porta. Quando Hyrum abriu a porta, um barril de pólvora foi rolado para dentro e o intruso gritou: ‘Deixem-nos entrar ou vamos derrubar a porta’. Hyrum agarrou o barril e jogou todo o seu peso contra a porta, enquanto seu irmão e dois empregados correram para ajudá-lo.
                Por fim, as pessoas que estavam tentando arrombar a porta concordaram em explicar que eram delegados com um mandado autorizando-os a vasculhar a propriedade em busca de N. A. Stevens. A porta foi-lhes aberta imediatamente, mas Hyrum Poole repreendeu-os por tentarem entrar à força como ‘um bando de marginais’. Ao ouvir isso, o líder, um certo William Hobson, que era dono de bar em Eagle Rock e estava meio bêbado na ocasião, bateu-lhe no rosto com o rifle e disse: ‘Considere-se preso por resistir a um oficial’.
                A busca foi infrutífera, mas quando os homens estavam de partida ordenaram que Poole os acompanhasse. Ao sair para a escuridão, Hobson acertou-lhe a cabeça com o cabo do rifle, ferindo-o gravemente e deixando-o inconsciente”. Poole e outro prisioneiro “foram levados para Blackfoot e jogados na prisão, onde permaneceram por dois dias sem comida, cuidados médicos, audiência ou direito a fiança.”
                Alguns santos dos últimos dias foram condenados e enviados até lugares tão distantes quanto Detroit, onde cumpriram suas penas em solidão e temor.
                A maioria dos santos que foram condenados foram encaminhados à penitenciária territorial de Utah, onde foram prisioneiros exemplares. Freqüentemente eram encontrados estudando o evangelho, escrevendo livros ou ensinando os outros prisioneiros a ler, escrever e outras aptidões negligenciadas. Quando alguns foram libertados, foram realizadas festas e concedidas honras àqueles que preferiram obedecer às leis de Deus em vez de a dos homens. Talvez tenha sido mais difícil para as famílias que foram deixadas para trás. Algumas sofreram devido à pobreza, fome, doença, sem o marido e o pai para ajudar. Assim, a cruzada contra a Igreja perturbou a vida econômica, social, eclesiástica e familiar, e quando se aproximava o final da década de 1880, problemas ainda maiores despontaram no horizonte." (História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pg. 425-429)

                "De volta a Nauvoo, os Doze Apóstolos viram-se diante de uma prova diferente de todas as outras que já haviam enfrentado em seu trabalho missionário. O Profeta ensinou-lhes a necessidade da restauração do casamento celestial, incluindo a doutrina das esposas plurais. Foi algo difícil para eles. Acerca de seus sentimentos, o Élder John Taylor escreveu: “Eu sempre tivera idéias rígidas sobre a virtude e achava, fora do contexto desse princípio, aquilo chocante, na condição de homem casado. Era-me difícil conceber a idéia de pedir uma jovem em matrimônio quando eu já tinha uma esposa! Tratava-se de algo que certamente despertava sentimentos contraditórios no mais profundo da alma humana. Eu sempre respeitara da maneira mais estrita a castidade. (...) Assim, devido a minhas convicções, apenas o conhecimento proveniente de Deus e Suas revelações, e a verdade neles contidos, poderia levar-me a aceitar um princípio como esse” (citado em Roberts, Life of John Taylor, p. 100).
                Obediente aos conselhos do Profeta e com o consentimento de sua esposa Leonora, o Élder Taylor fez o convênio do casamento plural e tornou-se um dos principais porta-vozes da Igreja em sua defesa no decorrer do restante de sua vida. O casamento plural era talvez a mais difícil das leis de Deus que alguns dos santos tinham recebido o mandamento de seguir. Mas ela servia aos propósitos do Senhor e era um teste oportuno da fé dos membros da Igreja no Senhor e de sua obediência a Seu porta-voz na Terra.
(...)
                Em 1852, foi anunciada publicamente a doutrina do casamento plural. Contudo, com base nos relatos de apóstatas corruptos, a imprensa nacional começou a circular artigos com informações grosseiramente distorcidas sobre essa prática. A fim de fazer frente à onda de preconceitos, o Élder John Taylor e quatro outros irmãos foram chamados para publicar jornais em todos os Estados Unidos em defesa da Igreja. Na Cidade de Nova York, o Élder Taylor abriu o escritório do jornal The Mormon precisamente entre o escritório do New York Herald e do New York Tribune, os dois jornais que mais criticavam a Igreja.
                Na primeira edição de The Mormon, o Élder Taylor explicou o ponto de vista editorial  do jornal: “Não temos critérios específicos, exceto a ampla plataforma da verdade: religiosa, política, social, moral e filosófica. Não estamos ligados a nenhum partido nem credo —religioso ou político. É verdade que somos mórmons, por dentro e por fora, aqui e no exterior, em público e em particular, em todas as circunstâncias. Todavia, somos mórmons por princípio. Somos mórmons não por acharmos que esse seja o caminho mais popular, lucrativo
ou ilustre (segundo os padrões do mundo); mas por crermos ser a maneira mais verdadeira, razoável, fiel às escrituras, moral e filosófica; porque acreditamos sinceramente que é mais propício à felicidade e ao bem-estar da humanidade no tempo e em toda a eternidade do que qualquer outro sistema conhecido” (“Introductory Address”, The Mormon, 17 de fevereiro
de 1855, p. 2).
                Foi preciso coragem para defender a Igreja de maneira tão audaciosa e direta como fez o Élder Taylor. O Presidente Brigham Young afirmou: “No tocante ao trabalho do Irmão Taylor na edição do The Mormon, publicado na Cidade de Nova York, ouvi muitos comentários sobre os editoriais desse jornal, não apenas dos santos, mas também de pessoas que não professam
nossa religião. Trata-se talvez de um dos jornais mais influentes em circulação” (citado em Roberts, Life of John Taylor, p. 271)." (Manual dos Presidentes da Igreja, pg. 48-52)

                "Em 25 de julho de 1887, o Presidente Taylor faleceu enquanto ainda estava no exílio. Havia delegados presentes a seu funeral, mas nenhuma prisão foi efetuada. Wilford Woodruff, que passou a presidir a Igreja, estava escondido. Essa foi uma época de teste para a lealdade dos santos para com seu Deus, que os havia ordenado a viver o casamento plural em uma nação que se opunha a essa prática e tinha leis que a combatiam.
                Com a aprovação da lei Edmunds-Tucker, em março de 1887, as esposas passaram a ser obrigadas a testemunhar contra seus maridos, e todos os casamento deviam ser registrados publicamente. A lei também determinou que os juízes testamentários do condado deveriam ser nomeados pelo presidente dos Estados Unidos. O voto feminino foi abolido em Utah, o Fundo Perpétuo de Emigração foi dissolvido, bem como a Legião de Nauvoo,
e foi estabelecido um sistema público de educação. A Igreja perdeu sua condição de entidade jurídica, sendo concedida ao procurador geral dos Estados Unidos a autoridade para confiscar (devolver ao governo dos Estados Unidos) todas as propriedades e posses da Igreja com valor superior a cinqüenta mil dólares. A perseguição promovida pelo governo federal contra a Igreja prosseguiu desse modo durante a administração do Presidente Wilford Woodruff." (História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pg. 432-434)

                "A perda progressiva dos direitos eleitorais fez com que aumentassem os problemas enfrentados pela Igreja. A lei Edmunds-Tucker determinava que todos os condenados pela prática da poligamia ou que não se dispusessem a jurar obediência às leis anti-poligamia perderiam seus direitos civis. Em 1890, cerca de doze mil cidadãos de Utah foram privados do direito de voto. Em Idaho, onde havia diversas comunidades de santos no sul do estado, a assembléia legislativa fez com que todos os membros da Igreja perdessem seus direitos civis ao exigir que os eleitores jurassem não pertencer a uma igreja que acreditava no casamento plural. Em fevereiro de 1890, a Suprema Corte dos Estados Unidos apoiou a exigência desse juramento, considerando a medida constitucional. Essa decisão incentivou os inimigos dos santos em Utah a enviarem representantes a Washington para obter apoio político para que um juramento semelhante fosse exigido dos cidadãos de Utah. Dessa forma, foi proposta a lei Cullom-Strubble, que na primavera de 1890 parecia prestes a ser aprovada. Essa lei privaria todos os membros da Igreja de seus direitos de cidadania, em todas as regiões do país." (História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pg. 439)

                "Como tantos santos dos últimos dias foram impedidos de votar, o partido anti-mórmon ganhou a eleição escolar em Salt Lake City, em julho de 1890, e obteve o controle da educação secular da capital do território. Antes do final de julho, a Suprema Corte determinou que os filhos de casamentos polígamos não poderiam herdar as propriedades do pai. Na primeira semana de agosto, o partido anti-mórmon ganhou a maioria dos cargos eleitos dos condados de Salt Lake e Weber. Por fim, os líderes da Igreja ficaram sabendo que o procurador da justiça de Utah estava realizando uma investigação para verificar se as propriedades da Igreja, em especial os templos de St. George, Logan, Manti e Salt Lake City, estavam sendo devidamente confiscados pelo governo, segundo a determinação do congresso dos Estados Unidos. No final de agosto, o Presidente Woodruff recebeu a confirmação de que o governo dos Estados Unidos, apesar do acordo de 1888 garantindo que os templos não seriam violados, iria confiscar os templos da Igreja.
                O Presidente Woodruff, ao receber a notícia de que ele e seus conselheiros haviam sido intimados a testemunhar perante um tribunal a respeito do casamento plural, viajou para a Califórnia para evitar o confronto. Lá chegando, ele reuniu-se com líderes políticos e descobriu que, apesar de os políticos estarem dispostos a exercer toda a influência que tinham, não foram eficazes diante das forças que estavam determinadas a erradicar o  casamento plural de entre os santos.
                O Presidente Woodruff escreveu em seu diário, uma semana após ter retornado a Salt Lake City, que depois de muito sofrer, orar e consultar seus conselheiros, ele estava preparado para agir “em favor da salvação temporal da Igreja”.
                O Presidente Woodruff disse mais tarde que o Senhor lhe havia mostrado por revelação exatamente o que aconteceria se a prática do casamento plural não fosse interrompida. Ele viu que a Igreja sofreria “o confisco e perda de todos os templos e a interrupção de todas as ordenanças neles realizadas tanto para os vivos como para os mortos, além da prisão da Primeira Presidência e dos Doze, bem como de chefes de família da Igreja, e também o confisco de propriedades particulares dos membros (o que acarretaria a interrupção dessa prática); ou, então, após fazer e sofrer o que fizemos e sofremos por termos aderido a esse princípio, abandonar tal prática e submeter-nos à lei, dessa forma permitindo que os Profetas, Apóstolos e pais de família permaneçam em seus lares, de modo a poderem  instruir o povo e cuidar dos assuntos da Igreja, deixando também os templos nas mãos dos santos a fim de realizarem as ordenanças do Evangelho tanto para os vivos como para os mortos”. (Declaração Oficial 1, Trechos de Três Discursos do Presidente Wilford Woodruff a respeito do Manifesto.)
                Quando o presidente da Igreja entrou em seu escritório na manhã do dia 24 de setembro de 1890, ele disse ao bispo John R. Winder e o Presidente George Q. Cannon que não havia dormido muito na noite anterior. Disse que havia “lutado a noite inteira com o Senhor para saber o que deveria ser feito na atual situação em que se encontrava a Igreja. ‘E aqui está o resultado’, disse ele, colocando alguns papéis sobre a mesa. Neles estava escrito, com exceção de algumas pequenas alterações, o que hoje é conhecido como o manifesto”.
                Ele então mostrou às Autoridades Gerais da Igreja que estavam com ele reunidas o  documento que havia escrito. Depois de o documento ter sido aprovado por eles e preparado para a publicação, o Presidente Woodruff declarou que o Senhor havia-lhe mostrado claramente o que deveria fazer e que aquela era a decisão certa. No Manifesto, como ficou conhecido o documento, ele declarou que a Igreja deixaria de pregar o casamento plural e não permitiria que qualquer pessoa o praticasse. Ele expressou seu firme propósito de obedecer às leis do país, que proibiam o casamento plural, e usar de toda a sua influência para fazer com que os membros da Igreja fizessem o mesmo. Para terminar, ele escreveu: “E agora declaro publicamente que meu conselho aos santos dos últimos dias é que se abstenham de celebrar casamentos proibidos pelas leis do país.” (Declaração Oficial 1)         
                O Manifesto foi divulgado pelos jornais do país no dia seguinte. Apareceu até mesmo no Washington Post, tendo sido entregado ao jornal pelo representante do território de Utah no congresso, John T. Caine. Na primeira semana de outubro, o representante de Utah, John T. Caine, informou à Primeira Presidência por telegrama que o Secretário do Interior lhe havia dito que o governo não reconheceria a declaração oficial a menos que ela fosse formalmente aceita pela Igreja em uma conferência geral.
                A conferência geral foi realizada na manhã do sábado, dia 4 de outubro de 1890, e durou três dias. No terceiro dia da conferência, o Presidente George Q. Cannon mencionou o Manifesto e depois pediu a Orson F. Whitney, que na época era o bispo da ala XVIII de Salt Lake City, que lesse o documento.
                O Presidente Lorenzo Snow então propôs que como os santos aceitavam e apoiavam Wilford Woodruff como o Presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e como aquele que possuía as chaves seladoras, que apoiassem o Manifesto como lhes havia sido proclamado. O apoio foi unânime.
                O Presidente Cannon fez então um longo discurso explicando aos santos a posição da Igreja com relação à doutrina do casamento plural. Ele explicou que a Igreja havia aceitado o casamento plural como uma revelação de Deus, cujo cumprimento lhes era exigido como povo e que haviam procurado mostrar que a lei de 1862, que proibia essa prática, era inconstitucional e entrava em conflito com a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que garantia a liberdade religiosa. Ele testemunhou ainda que haviam sido apoiados por alguns dos mais capazes especialistas em leis do país. O Presidente Cannon lembrou aos santos a perseguição que haviam enfrentado, sendo que mais de mil e trezentos homens da Igreja haviam sido presos por obedecerem a esse mandamento. Apesar de toda a oposição exercida pelas autoridades governamentais, bem como por alguns membros da Igreja, esses homens haviam obedecido à lei de Deus até que Ele enviou uma revelação ordenando que interrompessem a prática do casamento plural.
                O Presidente Cannon concluiu seu discurso testificando que o Manifesto era proveniente de Deus e que era apoiado pelas Autoridades Gerais. Ele disse aos santos que caso sua fé fosse provada por causa do Manifesto, eles deveriam fazer como os líderes haviam feito, ou seja, procurarem o Pai Celestial por meio da oração a fim de receberem um testemunho pessoal a esse respeito.
                O Presidente Wilford Woodruff encerrou a conferência prestando testemunho da revelação que havia recebido: “Quero dizer a toda Israel que o passo que tomei ao lançar esse manifesto não aconteceu sem que eu tivesse orado fervorosamente ao Senhor. Estou prestes a ir-me para o mundo espiritual, assim como outros homens de minha idade. Espero encontrar-me face a face com meu Pai Celestial – o Pai de meu espírito; espero encontrar-me
face a face com Joseph Smith, Brigham Young, John Taylor e outros apóstolos. Eu preferia ser morto a tomar uma posição que desagrade a Deus ou os céus. Minha vida não é melhor do que a de outros homens.
                Não ignoro os sentimentos despertados pelo curso que escolhi. Cumpri meu dever, e a nação da qual fazemos parte tem de ser responsável pelo que foi feito no tocante a esse princípio.” Ao encerrar seu discurso, ele fez a seguinte promessa: Digo a Israel que o Senhor jamais permitirá que eu ou qualquer outro homem que presida esta Igreja vos desvie do caminho verdadeiro. Isso não faz parte do plano. Não é a intenção de Deus. Se eu tentasse fazê-lo, o Senhor me afastaria de meu lugar, o mesmo acontecendo com qualquer outro que tentasse afastar os filhos dos homens dos oráculos de Deus e de seus deveres.”
                A publicação do Manifesto14 foi um importante passo para que ocorresse uma reconciliação entre os santos dos últimos dias e o governo dos Estados Unidos. Teve então início uma nova era de compreensão. O Presidente do Supremo Tribunal Charles Zane, que até então combatia agressivamente a poligamia, passou a ter uma atitude mais tolerante para os que eram levados até ele em tribunal. A partir de então, terminaram as batidas policiais para a prisão de homens com mais de uma esposa. Ficou também subentendido que os maridos não seriam obrigados a rejeitar suas esposas e filhos. Depois de muitas petições, o Presidente dos Estados Unidos Benjamin Harrison concedeu anistia parcial a todos os homens mórmons que tivessem cumprido as leis anti-poligamia a partir de 1890, e em setembro de 1894, o presidente Cleveland promulgou uma anistia mais ampla. Em 1893, o congresso aprovou uma lei permitindo que as propriedades confiscadas fossem devolvidas à Igreja." (História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pg. 439-442)

                "Em 1884, o Presidente Taylor dedicou o Templo de Logan. Em 1885, escondeu-se
para evitar a perseguição antipoligamia. O governo dos Estados Unidos aprovou a
Lei Edmunds-Tucker em 1887, o que intensificou a perseguição à Igreja por causa
da prática do casamento plural. Essa lei permitia ao governo confiscar as propriedades
da Igreja, numa tentativa de punir e controlar os membros. Em 1887, o ano da
morte do Presidente Taylor, a Igreja tinha crescido ainda mais e passava de 173.000
membros, com trinta e uma estacas, doze missões e dois templos" (ver 2003 Church
Almanac, pp. 473, 631).

                "Em 1886, o Élder Lorenzo Snow foi acusado de violar a lei Edmunds e condenado. Só se podia apelar das decisões relativas ao casamento plural em instâncias superiores às territoriais, como a Corte Suprema dos Estados Unidos, se o réu estivesse preso. O Élder Snow foi encarcerado, como dezenas de seus irmãos e cumpriu uma pena de onze meses. Durante esse período, organizou uma escola.
                Paciente no cárcere, Lorenzo Snow era como o Apóstolo Paulo. Anos antes, ele testificara: “Estamos aqui para sermos instruídos na escola do sofrimento e das terríveis tribulações. Essa escola foi necessária para Jesus, nosso irmão mais velho, que, como as escrituras nos ensinam, Se tornou perfeito por meio do padecimento. É preciso que soframos em todas as coisas a fim de nos qualificarmos e nos tornarmos dignos de reinar e governar sobre todas as coisas, assim como nosso Pai Celestial e Seu Filho Primogênito Jesus. (...)
Onde está entre vocês o homem que, ao atravessar o véu e contemplar a pureza, glória, poder,  majestade e domínio de um homem perfeito na glória celeste da eternidade, não renunciará com alegria à vida, sofrerá as mais excruciantes torturas e deixará que membro após membro de seu corpo lhe seja arrancado em vez de desonrar ou rejeitar seu sacerdócio?” (“Address to
the Saints of Great Britain”, Millennial Star, 1º de dezembro de 1851, p. 363.)" (Manual dos Presidentes da Igreja, pg. 85).

                O governador do Território de Utah visitou Lorenzo Snow na prisão e prometeu anistiá-lo se “renunciasse ao princípio do casamento plural”. Lorenzo Snow respondeu: “Agradeço, governador, mas como adotamos princípios sagrados e santos pelos quais já sacrificamos propriedades, o lar e a vida em várias ocasiões para defendê-los, não temos intenção, a essa altura dos acontecimentos, de abandoná-los por causa de perigos ameaçadores” (Romney,
Life of Lorenzo Snow, p. 380).
                O Élder Snow escreveu à Primeira Presidência, da prisão: “Sou muito grato ao Provedor de toda Bondade pela saúde corporal e alegria de espírito que Ele me confere para que eu me sinta perfeitamente resignado, aceite com mansa submissão o que é inevitável e seja plenamente capaz de reconhecer Sua mão e Sua Providência suprema em tudo o que tem acontecido ou possa acontecer. (...) Se eu puder servir na Sagrada Causa, que é para mim mais cara que a vida, e promover a glória de Deus ao passar pela aflição do cárcere em uma penitenciária, estou plenamente desejoso de fazê-lo” (Romney, Life of Lorenzo Snow, p. 382)."

                "No verão de 1896, a Primeira Presidência enviou o Élder Brigham Henry Roberts, membro do Primeiro Quórum dos Setenta e um dos melhores oradores da Igreja, como integrante de quarteto de vozes selecionadas do Coro do Tabernáculo, em missão de divulgação do nome da Igreja nos estados do leste dos Estados Unidos. George D. Pyper, cantor talentoso, liderava o quarteto como solista tenor. O Élder Roberts esteve em várias cidades do leste, inclusive St. Louis, Missouri; Cincinnati, Ohio; Pittsburgh, Pensilvânia; Filadélfia, Pensilvânia; e Nova York, Nova York. Em St. Louis, apresentou uma série de quarenta e duas palestras, cada uma com uma hora e quinze minutos de duração, e “no final das palestras, sessenta pessoas haviam sido batizadas, formando o núcleo de um próspero e importante ramo da Igreja em St. Louis”.1 Devido a seu amor pelo evangelho e por defendê-lo durante toda a vida, B. H. Roberts tornou-se conhecido como “Defensor da Fé”.
                Ao retornar para Utah, o Élder Roberts foi convidado por alguns líderes democratas do estado a concorrer ao senado dos Estados Unidos. Depois de receber aprovação da Primeira Presidência, aceitou a candidatura. Foi nomeado por seu partido em setembro de 1898. Depois de vigorosa campanha, Roberts foi eleito com uma diferença de quase seis mil votos em relação a seu oponente. No entanto, quase imediatamente após sua vitória, um grupo de ministros sectários aliaram-se ao advogado A. Theodore Schroeder, que também era redator de uma revista anti-mórmon publicada em Utah, Lucifer’s Lantern, numa tentativa de impedir que Roberts assumisse o cargo.
                Schroeder, nascido e educado em Wisconsin, havia-se mudado para Utah a fim de exercer a profissão de advogado para “ver e estudar o estabelecimento de uma nova religião”. Enquanto morava em Salt Lake City, “ajudou a reavivar o Salt Lake Herald, como órgão oficial do partido democrata, de que também foi um dos quarenta membros fundadores.” Associou-se também a pessoas em Utah que se opunham à Igreja e levou a juízo “o caso contra B. H. Roberts, resultando na exclusão de Roberts do congresso dos Estados Unidos”.
                Como o Élder Roberts era polígamo, seus oponentes conseguiram reunir de todas as partes do país mais de sete milhões de nomes em um abaixo-assinado propondo que ele fosse impedido de assumir seu cargo no congresso. Foi o maior abaixo-assinado da história americana até aquela data. No entanto, o Presidente Lorenzo Snow disse: “Conforme Roberts comentou mais tarde, ‘a tempestade foi como um mosquito indo de encontro com a lua’”.
                Depois de chegar a Washington D. C., o senador Roberts ficou sabendo que não lhe seria permitido assumir seu lugar no congresso até que a questão do abaixo-assinado ficasse resolvido. Enquanto isso, ele preparou-se para defender a si mesmo e seu direito de assumir um lugar no congresso como polígamo. O debate prolongou-se por quinze meses. A oposição, movida por várias razões religiosas, morais e políticas, uniu-se no empenho de negar um lugar no congresso para Roberts. Alguns atacaram a Igreja, alegando que muitos de seus polígamos ainda estavam sustentando mais de uma família, enquanto outros acusaram os mórmons de não sustentar suas esposas e filhos. Atacaram os membros que acreditavam no casamento plural acusando-os de oportunistas e condenaram outros por abandonarem essa prática. Outra acusação levantada contra a Igreja foi a de que ela havia abandonado a prática do casamento plural mas não deixado de acreditar nela. Por fim, os santos dos últimos dias foram acusados tanto de amar quanto de deixar de amar os filhos de uniões polígamas anteriores.
                A controvérsia freqüentemente ganhava as páginas dos principais jornais do país. As mulheres do país que acreditavam que o casamento plural era aviltante para as mulheres também se opuseram a Roberts. Alguns políticos concluíram que as pressões exercidas por essas “suffragetes” resultaram em sua exclusão. Nesse período, os cartunistas e satiristas desenharam tantas caricaturas suas, que Roberts era reconhecido em toda parte.
                Pouco antes da votação final, o Élder Roberts, cansado mas determinado, teve permissão de apresentar sua defesa final. Conhecido em alguns círculos como o “orador ferreiro”, por ter sido ferreiro na juventude, ele concluiu sua defesa com esta declaração: “Alguns dos jornais que abordavam o caso Roberts declararam: ‘Marquem esse homem com o estigma da vergonha e enviem-no de volta para o seu povo’. Sr. Presidente, agradeço a Deus pelo fato de que o poder de marcar-me com o estigma da vergonha esteja muito além do alcance desta Casa, por mais poderosa que seja. Esse poder está nas mãos do próprio indivíduo e de ninguém mais. O Deus Todo-Poderoso não o conferiu a qualquer outra pessoa. Vivi até este dia com a consciência limpa de que segui os ensinamentos morais da comunidade em que fui criado, e não me sinto envergonhado de nenhum dos atos de minha vida. Condenem-me ou expulsem-me, deixarei esta augusta casa com a cabeça erguida e o rosto impávido e caminharei nesta Terra de Deus como os anjos caminham pelas nuvens, sem o mínimo motivo para envergonhar-me’. (Aplausos da audiência e vaias da galeria.) E se em resposta ao clamor sectário que foi levantado contra o representante de Utah, decidirdes violar a constituição de vosso país, quer excluindo-me ou expulsando-me, a vergonha relacionada a este caso não ficará comigo mas com esta casa.
(Aplausos.)”
                Apesar da excelência de seu discurso final, duzentos e sessenta e oito votaram a favor de sua exclusão, cinqüenta votaram contra, e trinta e seis abstiveram-se. Embora o Élder Roberts tenha lutado valorosamente e se portado com dignidade, sendo motivo de orgulho para a Igreja e para seu país, o senado decidiu que nenhum homem com mais de uma esposa poderia ocupar um cargo ali. B. H. Roberts nunca mais concorreu a um cargo público." (História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pg. 465-467).

                "Uma das maiores provações da vida de Joseph F. Smith foi viver exilado e longe da família durante anos. Contudo, ele agiu assim, sob a direção do Presidente John Taylor, para evitar a prisão durante a chamada “Cruzada Mórmon”, na qual a Igreja foi perseguida devido ao casamento plural. Ele passou a maior parte desse período no Havaí, dirigindo o trabalho lá. Longe, impotente, indignado e sofrendo com a doença mais grave de sua vida, ele recebia notícias das perseguições sofridas pelos santos. Durante esse tempo, foi informado de que sua família fora forçada a abandonar sua casa e de que um filho falecera. Contudo, determinado, sem vacilar, escreveu: “As tribulações são necessárias ao aperfeiçoamento da humanidade, assim como é preciso fricção para separar a escória do juízo humano do ouro puro da sabedoria divina” (citado por Smith, comp., Life of Joseph F. Smith, p. 280). Entretanto, o dia da anistia finalmente chegou e seu lar se rejubilou com a volta do pai." (Manual dos Presidentes da Igreja, pg. 105)

                "Por meio das observações do senador Smoot e de outros importantes santos dos últimos dias do leste dos Estados Unidos, a Primeira Presidência ficou sabendo que o público em geral, nos Estados Unidos, imaginava que os líderes da Igreja procuravam desviar-se do cumprimento da lei. Eles foram acusados de não se esforçarem muito para eliminar o casamento plural. Em 6 de abril de 1904, depois de meditar e orar a respeito de como responder a essas acusações, o Presidente Joseph F. Smith publicou uma declaração que ficou conhecida como o “segundo manifesto”. Nesse pronunciamento, o Presidente Smith declarou que qualquer oficial da Igreja que realizasse um casamento plural, bem como o casal envolvido, seria excomungado. Ele declarou claramente que essa declaração se aplicava para qualquer parte do mundo.
                Infelizmente, dois membros do Quórum dos Doze Apóstolos, John W. Taylor e Matthias F. Cowley, não estavam plenamente de acordo com os demais líderes a respeito da abrangência e do significado do Manifesto original e não puderam concordar com a segunda declaração publicada pelo Presidente Smith. No início das audiências do caso Smoot, Taylor e Cowley exilaram-se voluntariamente para não terem que testificar em Washington D. C. Depois das audiências do caso Smoot, esses dois Apóstolos encaminharam seu pedido de desobrigação do Quórum dos Doze Apóstolos. Era amplamente conhecido o fato de que eles haviam realizado não poucos casamentos plurais depois da publicação do Manifesto. Seu pedido de desobrigação dos Doze foi uma forte indicação de que o casamento plural realmente havia chegado ao fim. Seis anos depois, John W. Taylor foi excomungado da Igreja por ter-se casado com outra esposa plural depois de sua desobrigação. O Élder Cowley, apesar de nunca mais voltar ao Quórum dos Doze Apóstolos, permaneceu fiel à Igreja. Na década de  1930, ele serviu em uma missão na Inglaterra. Um de seus filhos, Matthew Cowley, que havia servido como presidente na Nova Zelândia, foi posteriormente chamado como Apóstolo." ((História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pg. 470).

"Jacó 2:23–30—Casamento Plural Não Autorizado É uma Abominação a Deus - Para entender os comentários desses versículos, é bom saber que apenas Davi e Salomão foram condenados por terem muitas esposas e concubinas. Abraão, Jacó e Moisés, que também tiveram esposas e concubinas, não o foram. Em revelação moderna, o Senhor explicou que Davi e Salomão pecaram quando tomaram esposas que Deus não havia permitido a eles. (Ver D&C 132:34–39.) Jacó também indicou que uma razão de o Senhor, algumas vezes, haver autorizado o casamento plural era a de aumentar Sua semente, mas se Ele não ordenar, o casamento plural é proibido. (Ver Jacó 2:30.)" (Manual do seminário do curso do Livro de Mórmon, pg. 62)

                O Élder Bruce R. McConkie definiu o termo concubina explicando: “No passado, elas eram consideradas esposas secundárias, isto é, esposas que, no sistema de castas vigente na época não tinham o mesmo status que as esposas que não eram chamadas de concubinas. Não houve concubinas na prática do casamento plural nesta dispensação porque não mais existia o sistema de castas que levava algumas mulheres a receberem tal designação”. (Mormon Doctrine, pp. 154–155)

                Conforme indicado no início de Doutrina e Convênios 132, os versículos 58–66 dizem respeito às “leis que regem a pluralidade de esposas”. Por meio do Profeta Joseph Smith, o Senhor ordenou a prática do casamento plural nos primórdios da Igreja; em 1890, por meio do Presidente Wilford Woodruff, Ele pôs fim a essa prática. (Ver Declaração Oficial 1.) O Élder Bruce R. McConkie explicou: "“O casamento plural não é essencial para a salvação ou exaltação. A Néfi e seu povo foi negado o direito de ter mais de uma esposa; no entanto, eles podiam receber todas as bênçãos da eternidade que o Senhor tinha a oferecer a qualquer povo. Em nossos dias, o Senhor resumiu por revelação toda a doutrina da exaltação e baseou-a no casamento de um homem com uma mulher. (D&C 132:1–28) Posteriormente, ele agregou os princípios relativos à pluralidade de esposas com a condição expressa de que todos esses casamentos fossem válidos apenas se autorizados pelo presidente da Igreja. (D&C 132:7, 29–66)
                Todos os que fingirem ou simularem praticar o casamento plural em nossos dias, quando aquele que possui as chaves retirou o poder pelo qual é realizada essa união, serão culpados da mais grave abominação.” (Mormon Doctrine, 578–579; grifo do autor).

                "Declaração Oficial 1—Casamentos Plurais Foram Realizados Depois da Divulgação do Manifesto? Alguns membros da Igreja continuaram a praticar o casamento plural fora dos Estados Unidos. Achavam que novos casamentos plurais poderiam ser realizados fora do território norte-americano. Em 8 de janeiro de 1900, o Presidente Lorenzo Snow disse “que a Igreja abandonou definitivamente a prática da poligamia—ou a realização de casamentos plurais [em Utah] e todos os outros estados—e que nenhum membro ou autoridade da Igreja tem autoridade alguma para realizar o casamento plural ou iniciar um relacionamento dessa natureza”. (“Slanders Are Refuted by First Presidency”, Millennial Star, 4 de maio de 1911, p. 275)
                Alguns se recusaram a guardar o mandamento do Senhor. Em abril de 1904, o Presidente Joseph F. Smith fez uma declaração oficial na conferência geral: “Anuncio que doravante todos os casamentos [plurais] estão proibidos, e se qualquer autoridade ou
membro da Igreja quiser celebrar algum casamento dessa natureza—ou participar dele—essa pessoa será culpada de transgressão contra a Igreja e estará sujeita, segundo as regras e
normas vigentes, à excomunhão”. (Conference Report, abril de 1904, p. 75) Desde aquela época, todos os presidentes da Igreja reiteraram essas instruções contrárias à prática do casamento plural." (Manual do Aluno do Seminário - Doutrina e Convênios e História da Igreja, pg. 183)

                "O Presidente Joseph F. Smith, que na época era Conselheiro na Primeira Presidência, escreveu: “O princípio do casamento plural foi revelado pela primeira vez a Joseph Smith em 1831, mas tendo sido proibido de torná-lo público ou ensiná-lo como doutrina do Evangelho na época, ele confidenciou o fato a umas poucas pessoas de seu convívio”. (“Plural Marriage”, Andrew Jenson, org., Historical Records, 9 vols., 1882–1890, 6:219.) O Profeta ensinou o princípio em particular, e em 1841–1842, vários membros de confiança da Igreja estavam vivendo esse princípio. (Ver História da Igreja na Plenitude dos Tempos, p. 256.) A seção 132
foi registrada em 1843, mas a Igreja só anunciou publicamente a doutrina do casamento plural em 1852." (Manual do Professor do Seminário - Doutrina e Convênios e História da Igreja, pg. 222)

                “Aquilo que é errado sob certas circunstâncias pode ser, e geralmente é, certo sob outras. Deus disse: ‘Não matarás’. Em outra ocasião, mandou: ‘De todo destruirás’. Esse é o princípio pelo qual funciona o governo dos céus: por revelações que se adaptem às circunstâncias em que se encontram os filhos do reino. Tudo quanto Deus requer é justo, não importa o que seja, embora não possamos compreender por que razão Ele ordena isso ou aquilo, senão até depois que se tenham cumprido os Seus propósitos.” (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, pp. 249–250.)

                "Evite sensacionalismo e especulação ao falar sobre o casamento plural. Às vezes, os professores especulam que o casamento plural será uma exigência para todos os que entrarem no reino celestial. Não temos conhecimento de que o casamento plural será um requisito para a exaltação." (Manual do Professor do Seminário - Doutrina e Convênios e História da Igreja, pg. 225)

                "E quanto às seitas, elas são o portão do inferno. Os membros da Igreja [de hoje] que adotam a prática sectária do casamento plural, por exemplo, são adúlteros, e os adúlteros serão condenados." (Élder Bruce R. McConkie, Carta aberta, aproximadamente 1980, Arquivos do Departamento Histórico, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias).

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