10 de jun. de 2012

Lavagem Cerebral


                Não é a primeira vez que ouço a acusação de que os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias sofreram e sofrem lavagem cerebral. Apesar de ser uma acusação infundada e ridícula, pretendo respondê-la de maneira terminativa, resoluta e clara.

1º. Quanto a origem, determinação e julgamento dos acusadores.

                Aqueles que frequentemente acusam os membros da Igreja de manipuladores e manipulados, ou melhor - pessoas manipuladas que são manipuladores de outras - são ex-membros da Igreja, que foram excomungados por condutas imorais e apostasia ou pessoas com fortes sentimentos anti-mormons. Digo isso inicialmente porque todos sabemos que alguém que é antipático ou tem aversão a alguma causa dificilmente encontrará espaço no seu discurso para apontar virtudes - de fato, muito frequentemente, ainda que não intencionalmente, realçará o que considera mais pernicioso e maléfico - e acentuará aquilo que, ao seu ver, é vil e fraudulento. Muitas vezes em sua paixão, essas pessoas, de maneira ardilosa, enganadora e calculista prestam falso testemunho com uma lábia fugaz  apenas para inflamar, perturbar, condenar e se autogratificar. Elas usam como provas fatos históricos pouco conhecidos, cuja autenticidade é questionável ou elementos verdadeiros fora do contexto ou maquiados - a fim de parecerem coisa plausíveis, mas que são, na verdade, lorotas e devaneios.
                Certo é que só porque alguém é contra algo e luta ardentemente por uma causa não significa que esteja sendo desonesto ou faltando com a verdade de qualquer forma. Embora nem sempre use meios adequados, algumas pessoas falam a verdade com sinceridade e boas intenções. Não estou condenando aqui os meios de transmissão da verdade. Muitas vezes é necessário energia para defender o justo, o bom, o puro e o reto. O entusiasmo e otimismo dos que se envolvem em uma causa nobre, especialmente contra o mal é algo para ser admirado e preservado. Muitos chegam a dar a vida. Assim era a força de Elias, o profeta, que  drasticamente enfrentou os falsos profetas de Baal (I Reis 18). Talvez alguns questionem a intensidade com que defendeu suas ideias. Mas ele não defendia simplesmente ideias. Ele defendia Deus e a verdade. Às vezes[1] é necessário um conduta tão forte e revolucionaria quanto a dele. O Salvador usou chicotes para defender a santidade do Templo (Mateus 21:12-13, João 2:13-14) e os nefitas espadas em defesa de suas famílias e religião (Alma 46).
                A bravura, a persistência, o vigor e a coragem porém, nem sempre são atributos divinos. Quem poderá negar que o diabo e seus servos são pouco diligentes? Portanto, a mera determinação não qualifica uma causa como boa e verdadeira. O diabo, na realidade, esta tão determinado em levar o homem para o inferno quanto Deus o esta para levá-lo aos céus.
                Assim, a luta dos injustos parece tão motivada quanto a dos justos. Desse modo, não se pode julgar apropriadamente uma pessoa somente por sua eloquência ou sinceridade como a mais correta, justa e certa. Os argumentos inflamados comumente merecem o filtro da dúvida.
                Todos sabem disso. Um torcedor fanático pode falar bem do time adversário? Um filosofo que se prende a uma teoria pode explicar com os mesmo brilho e encanto as muitas outras? Uma musicista apaixonada por um ritmo e certo instrumento musical consegue apreciar, em sua totalidade e mágica, todos os outros instrumentos, sem preconceito algum? Por mais que o homem tente ser neutro e dar uma sentença desvinculada e totalmente imparcial e isenta isso é impossível. Só os positivistas mais doentes poderiam afirmar que uma total e completa divisão das ideias e ideias é realizável e sempre bem-vinda. Todavia, por mais que nos esforcemos, acabamos considerando tudo e todos ao nosso redor com o prima subjetivo de nosso próprio ser. As experiências que temos ao decorrer da vida - as boas e ruins - e as forças invisíveis a nossos olhos que nos influencia - além de nossa capacidade de raciocínio e método de aprendizado - acabam nos concedendo paradigmas e perspectivas diferenciadas. O grande mandamento de não julgar já foi traduzido, para nosso melhor esclarecimento, como o de tomarmos cuidado quando julgamos porque com o mesmo juízo que julgarmos seremos julgados[2] (Morôni 7:18). Assim, todos julgam. E é bom que o façam. Por que é covarde aquele que se esconde no aparente confortável terreno do ceticismo e descrença - apenas para não se comprometer com uma causa - evitando assim as responsabilidades inerentes a conversão.
                Agora uma questão importante é julgar corretamente. Estariam os homens que acusam os mórmons de deturparem a mente da humanidade corretos? Estariam eles, pro mais veementes que fossem julgando corretamente?
                Ora, para julgar corretamente neste caso não basta respeitar alguma forma pré-estabelecida  - como no caso de um juiz togado que segue os procedimentos legais. Deve-se buscar a essência, a justiça, a equidade. Deve-se buscar uma revelação dos céus. Mas esse é exatamente o ponto em que os críticos nos atacam. Portanto, pelo menos por ora, a solução seria ouvir o outro lado. Usando um princípio bem conhecido pelos juristas: o contraditório.
                O grande problema dos que acusam a Igreja de fazer lavagem cerebral (e de outras coisas também) é que eles não estão dispostos ao ouvir a resposta que temos.. E pior: não querem que ninguém mais a ouça.
                Mas se pudéssemos pedir o mesmo que Paulo pediu ao Rei Agripa, e fossemos atendidos prontamente como ele foi, já ficaríamos muito satisfeitos: "te rogo que me ouças com paciência", "É permitido que te defendas." (Atos 26:1, 3).
                Assim, como disse um homem sábio certa vez: "se você quer saber algo sobre uma religião não pergunte a um perseguidor e crítico sobre ela, mas sim, a um de seus membros devotos e fiéis - procure o que há de melhor nela - e depois faça sua consideração. É fácil criticar e achar defeitos."
                Os apologéticos, com sua paixão, podem facilmente ignorar ou desperceber alguns pontos, verdade. Mas os céticos e críticos também fazem o mesmo. Portanto, na grande discussão de alguma verdade, o mínimo de sabedoria, para aqueles que já possuem discernimento, é ouvir os dois lados - e depois tomar uma decisão e julgar.
                Felizmente creio na Luz de Cristo - uma luz positiva que direciona para o bem e a verdade, cuja uma das manifestações é a consciência. Creio também no Espírito Santo, que conhece todas as coisas e pode mostrá-las aos homens (Morôni 7:16, 10:5, GEE "Luz de Cristo"). Essas poderosas influencias ajudarão todos os homens que estiverem compromissados em encontrar a verdade e defendê-la a qualquer custo.
                E por fim, devo dizer que a verdade permanecerá. O tempo é o aliado dos justos. E com o diz o hino: "E maior esplendor a verdade terá, / Quando toda a coroa de rei e Senhor, / Se tornar em escória sem luz!" (Hinos # 171).

2º. Quanto as técnicas de manipulação e controle da mente.

                Quanto a lavagem cerebral: nem se sabe ao certo se é um prática possível - ou seja, há sérias questões médicas e psicológicas que duelam com a ideia de uma manipulação mental (http://pt.wikipedia.org/wiki/Lavagem_cerebral)
                Mas que há várias técnicas para enganar e iludir isso é certo. Sobre a hipnose, pro exemplo, a posição oficial da Igreja é: "O uso da hipnose sob supervisão médica profissional e competente para o tratamento de doenças ou distúrbios mentais é uma questão médica que deve ser determinada pelas autoridades médicas competentes. Os membros não devem participar de sessões de hipnose para entretenimento ou demonstração." (Manual 2, "Seleção de normas e diretrizes da Igreja", http://www.lds.org/handbook/handbook-2-administering-the-church/selected-church-policies?lang=por#213)
                A Igreja, portanto, só recomenda a utilização de hipnose quando indicado e supervisionado por médico competente. O arbítrio, segundo a teologia da Igreja, é uma das dádivas mais sagradas e deve ser sempre protegido.  De fato, segundo o Livro de Mórmon e Doutrina e Convênios a liberdade deve ser defendida até com a espada se necessário (Alma 43:47 e D&C 98).
                Satanás, que não tem um corpo, procura dominar-nos, manipular-nos e destruir-nos. Ele usa as distrações e os extremos - como o fanatismo e o ceticismo - para cumprir seus propósitos. Uma de suas grandes ferramentas é o mal que as drogas trazem - pois embotam a mente e o espírito, tornando-nos vulneráveis, alienados e passivos ou raivosos - em outras palavras - nosso arbítrio fica seriamente prejudicado e Satanás exerce o controle sobre nosso mente e corpo.
                A Igreja e a doutrina do evangelho se erguem contra toda substância, todo tratamento, todo costume, todo ato, toda ideia que limite ou retire a preciosa liberdade de escolha.
                Alguns do opositores da Igreja afirma que fazemos lavagem cerebral ao ensinarmos as criancinhas sobre o evangelho. Outros culpam os missionários da Igreja de aproveitadores - pois estariam manipulando por meio de técnicas de ardilosas - como a técnica da auto-sugestão - as pessoas que não são membros à se batizarem. A técnica da auto-sugestão seria usada, por exemplo, quando os missionários convidam seus pesquisadores a orar. Eles diriam como a pessoa deve orar - e como será sua resposta. Quando a pessoa for orar, lembrará do que os missionários ensinaram e, por ter aquela ideia plantada na mente, criará uma resposta à sua oração a partir de sua imaginação.
                Só tenho uma objeção quanto a tudo isso: é um ensinamento falso. É falso por vários motivos. Primeiro, os missionários são livres para ensinarem o evangelho como bem entendem. Eles devem seguir os sussurros do Espírito e estão preparados para usar técnicas de ensino para ensinar adequadamente - mas não há manipulação. Pensem: como ensinaríamos rapazes de 18 anos a serem mestres da manipulação em apenas 19 dias? Pois esse é o tempo que passam recebendo treinamento antes de suas missões. E mesmo que conseguíssemos tal proeza em rapazes e moças tão jovens - seria impossível prever todo tipo de pessoas que eles encontrariam mundo a fora. Os missionários lidam com todo tipo de gente - as mais variadas personalidades - não há como estar preparado para manipular tantos tipos de pessoas. Os grandes 'mestres da manipulação" estudam durante anos - e mesmo assim não obtém 100% de sucesso em seu ofício. Pois é notório que nem todas as pessoas são passiveis de hipótese, por exemplo.
                A Igreja tem 14 milhões de membros. Será que 14 milhões de pessoas foram enganadas e só uns poucos - os que deixaram a Igreja - são os iluminados, libertos ou sábios que desvendaram o grande segredo e se "libertaram" do controle mental?
                Se essa hipótese for levada em consideração peço que dêem uma olhada, ainda que superficialmente, na vida das pessoas que são assíduas na Igreja e das que se afastaram e acusam a religião de manipuladora. Sei que isso é difícil de constatar. Mas não é impossível. Eu mesmo já vi os dois tipos. Vi que àqueles que permanecem fiéis na Igreja são mais felizes, saudáveis e inteligentes do que àqueles que deixaram a Igreja. Eu sei dessas coisas, repito, porque as vi. Conheço pessoas que, por um motivo ou outro, deixaram de acreditar - e passaram a apontar falhas e ver erros. A vida delas não é boa. Eles vivem em contradição, preconceito e magoa. E não se contentam até que outros se sintam como eles.
               

3º. Quanto ao treinamento e pregação dos missionários.

                Fui instrutor dos missionários que passam pelo Centro de Treinamento. Eu os manipulava? Claro que não. E mesmo que eu o fizesse - depois daqueles 19 dias eles tinham dois anos à sua frente sem um treinamento intensivo - se houvessem sofrido lavagem cerebral certamente poderiam libertar-se em dois anos não acham? Pois nesses dois anos pouca supervisão teriam - apenas uma entrevista de 15 minutos a cada dois meses. Mas é claro, há outra possibilidade. Eu, com minha grande maturidade aos 21 anos de idade, era um professor tão bom a ponto de manipular os missionários por dois longos anos - e por toda vida, na realidade - por que a maioria deles, após voltar para casa, continua fiel a causa.
                Mas na verdade, que converte e prepara os missionários é Deus. O que fazia como professor era tão somente mostrar-lhes as escrituras e ensinar-lhes algumas técnicas. Que técnicas? Ensinava os missionários a olharem nos olhos das pessoas, a ouvirem o que elas tinham a dizer, a fazer perguntas com sentido, etc. Ensinava os missionários a serem didáticos e espirituais - não manipuladores. Manipulação é diferente de persuasão. A persuasão respeita o arbítrio. E é isso que ensinava.
                Não é um milagre que jovens instrutores, inexperientes, ensinem jovens mais inexperientes ainda a irem e pregarem as doutrinas simples do evangelho de maneira clara? Qualquer um que duvida do que eu disse não conhece os missionários da Igreja. Convido-os a conhecerem. Eles são jovens, são educados, são autênticos e são felizes. Há um brilho nos olhos deles. E esse é o Espírito irradiando sua luz através deles. Qualquer outra explicação me soa como devaneio.
                Os missionários ensinam sobre amor, fé e esperança. Eles ensinam sobre Cristo. Ensinam que Deus trouxe de volta à Sua Igreja nesses últimos dias. A maioria das pessoas não entra na Igreja por que aprendeu muito com os missionários - a maioria entra na Igreja porque sentiu que aquilo que eles falavam era algo bom e faria bem a elas.
                É certo batizar uma pessoa que não sabe com toda certeza que a Igreja é verdadeira? Claro, se ela quiser ser batizada o que a impede? A fé não é um perfeito conhecimento, mas é uma esperança de que as coisas que não vemos são verdadeiras (Alma 32:21). O requisito para o batismo é desejo e humildade. Mas além disso, a Igreja adicionou vários requisitos: as pessoas precisam frequentar mais de uma reunião sacramental aos domingos, precisam receber todas as lições missionárias, precisam ser entrevistadas por um missionário-líder, etc. Uma pessoa demora em média um mês para ser batizada no Brasil (e isso é bem rápido, em comparação a outros lugares do mundo) Em um mês, encontrando os missionários duas vezes por semana mais ou menos, ela poderá escolher entrar para Igreja ou não. E depois de entrar - permanecer ativa ou não. A escolha é sempre dela, e ninguém da Igreja a forçará a nada.
                É verdade que existem casos pontuais de missionários que tentam manipular as pessoas. Mas esses são casos raros e infrutíferos. Esse tipo de missionário não tem sucesso, porque o Espírito Santo não o acompanha e as pessoas não são tolas. Ainda mais hoje em dia.

4º. Quanto ao meu testemunho.

                Não conheço Igreja que disponibilize sua História de maneira tão abrangente quanto a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Há centenas de livros e artigos publicados. Os procedimentos da Igreja são conhecidos por todos os membros - exceto pelos preguiçosos que não se dão ao trabalho de tão somente olhar e ver. Tudo é feito de maneira organizada e clara.
                Não conheço doutrina que seja mais lógica, racional e clara que as doutrinas do evangelho restaurado. Tudo faz sentido e tudo se encaixa. É verdade que não conheço todas as coisas e que há muito a se aprender. Mas por meio de revelação toda pergunta pode ser sanada e toda duvida resolvida.
                Enfim, não conheço manipulação ou lavagem cerebral alguma nesta Igreja. Pelo contrário - vejo pessoas inteligentes e nobres. Vejo bons vizinhos, bons cidadãos e exemplares cumpridores da lei. Vejo crianças talentosas, jovens que se destacam na música, literatura, artes e ciência. Vejo bons pais e grande líderes. De fato, há mórmons que se destacam em todas às áreas. O exemplo deles fala mais alto aqui. Se a alienação mental deles, causada por um rapaz acusado de louco do inicio do século XIX, concede tanta proeza e sucesso - tanta alegria e bem-estar - então é bom que todos tenham sua mente lavada pelos mórmons!
                A loucura da pregação de Deus é mais sábia que todo argumento humano (I Coríntios 1:21, 25).
               Alguns consideram que a obtenção de uma certeza de coisas espirituais é loucura. Essas pessoas não crêem que se possa obter um testemunho - que é um "conhecimento e confirmação espiritual que dá o Espírito Santo" (GEE "Testemunho"). Todavia, essas pessoas não podem provar sua afirmação. De maneira astuciosa e fraudulenta elas exigem um sinal - querendo receber uma manifestação espiritual que as convença terminantemente de que existe coisas que não se vêem e que a fé faz sentido. Essas pessoas não entendem que (1) não recebemos testemunho se não depois da prova de nossa fé (Éter 12:6) - o que significa que para recebermos ma confirmação espiritual precisamos viver o evangelho, precisamos prová-lo - porque o Senhor disse que "se alguém quiser fazer a vontade [do Seu Pai], pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo" (João 7:17) - é guardando os mandamentos que descobrimos que são bons e verdadeiros. (2) Satanás procura fazer com que as pessoas não acreditem em Deus e em seu poder - a incredulidade resulta no afastamento do homem de Deus. Cessam os dias de milagres quando o homem cede ao maligno (Morôni 7:35-37, 3 Néfi 1:22 e 2:3). (3) Se um injusto exigir um sinal, e persistir nesse desejo, querendo provar Deus, receberá um sinal - mas não para sua salvação. Essa pessoa faz parte de uma geração má e adultera (D&C 46:9, 63:11; Mateus 12:39). (4) Para se obter um testemunho deve-se:
·         ser humilde ("Sê humilde; e o Senhor teu Deus te conduzirá pela mão e dará resposta a tuas orações" - D&C 112:10; "Condição de ser manso e doutrinável (...). A humildade inclui reconhecermos nossa dependência de Deus e desejarmos sujeitar-nos a sua vontade" - GEE "Humildade")
·         orar com fé, real intenção e um coração sincero ("E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando" - Tiago 1:5-6; Coração é "o símbolo da disposição e vontade do homem e, figurativamente, a fonte de todas as emoções e sentimentos" - GEE "Coração"; "E, se perguntardes com um coração sincero e com real intenção, tendo fé em Cristo, ele vos manifestará a verdade delas pelo poder do Espírito Santo. E pelo poder do Espírito Santo podeis saber a verdade de todas as coisas - Morôni 10:4-5; "Também devemos orar com “real intenção”, o que significa que nos comprometemos a agir de acordo com a resposta que recebermos" - "Orar Sempre", Pregar Meu Evangelho, pg. 74)
·          e guardar os mandamentos ("Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele" - João 14:21)
                Se fizermos essas coisas - mostrando a Deus que desejamos uma confirmação espiritual, ou um testemunho - Ele certamente responderá. Atentem para o ensinamento do Salvador:
                "E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á;
                Porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á.
                E qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente?
                Ou, também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião?
                Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?" (Lucas 11:9-13)
                Como Deus vai responder? De muitas maneiras. Mas o importante é que cada um de nós pode ter certeza absoluta que esta recebendo uma confirmação de Deus. Deus pode aparecer em visão? Sim. Deus pode se manifestar em sonho? Sim. Deus pode enviar seu anjo? Sim. Deus pode falar a nossa mente e a nosso coração - deixando nossa mente em paz e sem dúvidas e nosso coração alegre e sem temor? Sim, pode. Ele pode falar de diversas maneiras - basta estarmos atentos, dispostos e humildes.

                Agora desejo expressar meu testemunho. E isso significa que vou dizer as coisas que sei com toda certeza. E não estou preocupado aqui em explicar minuciosamente como eu sei dessas coisas. Só afirmo que todos podem saber tão bem quanto eu.
                Eu sei que Deus vive. Sei que esse Deus é um Pai de Amor - é meu Pai Celestial. Sei que Ele quer minha felicidade. Sei que Ele enviou Jesus Cristo - que morreu pro mim. Sei que Ele chamou um profeta nesses últimos dias, como fazia antigamente. Esse Profeta pregou o mesmo evangelho de salvação que tem sido pregado dês do inicio dos tempos. Eu sei que os missionários são servos de Deus. Eles levam adiante à obra iniciada por Joseph Smith, o Profeta da Restauração. Eu sei que há um profeta vivo que preside a Igreja de Jesus Cristo. Sei que essas coisas são verdadeiras - e ninguém - homens ou demônios - podem apagar as verdades que o Espírito de Deus escreveu em meu coração. Sei disso.


[1] O Élder Robert. D. Hales deu um excelente discurso sobre como os membros da Igreja devem responder a seus acusadores com coragem cristã. Entre as verdades que ensinou, ele disse: "Não existe uma fórmula ou instruções por escrito para responder de maneira cristã. O Salvador tinha um modo diferente de responder de acordo com cada situação. Quando foi confrontado pelo iníquo Rei Herodes, Ele ficou em silêncio. Quando esteve diante de Pilatos, prestou um simples e poderoso testemunho de Sua divindade e Seu propósito. Ao deparar-Se com os cambistas que estavam profanando o templo, exerceu Sua responsabilidade divina de preservar e proteger o que era sagrado. Ao ser colocado na cruz, proferiu a incomparável resposta cristã: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34).
                Algumas pessoas pensam erroneamente que responder com silêncio, mansidão, perdão e ou prestar um humilde testemunho são sinal de fraqueza ou passividade. Mas, amar nossos inimigos, bendizer os que nos maldizem, fazer bem aos que nos odeiam e orar pelos que nos maltratam e perseguem (ver Mateus 5:44) exige fé, força e acima de tudo coragem cristã. (...)
                Isso não quer dizer que temos que comprometer nossos princípios ou enfraquecer nossas crenças. Não podemos mudar as doutrinas do evangelho restaurado, mesmo que ensiná-las e obedecer a elas nos torne impopulares aos olhos do mundo. Contudo, mesmo quando sentimos vontade de falar da palavra de Deus com ousadia, devemos orar para estarmos cheios do Espírito Santo (ver Atos 4:29, 31). Nunca devemos confundir ousadia com a dissimulação de Satanás: o despotismo (ver Alma 38:12). Os verdadeiros discípulos falam com calma confiança, não com orgulho e arrogância."
                Para ver o discurso completo acesse: http://www.lds.org/conference/talk/display/0,5232,23-2-966-22,00.html
[2] Devemos julgar? Não e sim. Não devemos julgar os outros no sentido de criticá-los (Mateus 7:2), porque se fizermos isso seremos condenados (Lucas 6:37) - e isso esta de acordo com a Justiça de Deus (Alma 41:2, 42:22-24) representada pela a Lei da Colheita (Gálatas 6:7-9). A caridade não suspeita mal, não é invejosa, tudo suporta (Morôni 7:45-46) - portanto, àqueles que são cheios do amor de Cristo não julgam o próximo. Todavia devemos julgar sim quando entendemos que essa palavra é sinônimo de escolha ou juízo.  Todos devemos julgar bem, escolhendo a liberdade e a vida eterna, em vez do cativeiro e morte. Foi para fazermos escolhas, usando o inestimável dom do arbítrio, que viemos a Terra, Adão caiu e Cristo sofreu (2 Néfi 2). Então, neste sentido, devemos sim julgar. 

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